quarta-feira, 3 de agosto de 2016

ESTÚDIO CASEIRO



Novo vídeo sobre home studio e produção musical independente




Assista o primeiro vídeo com dicas sobre o que você precisa para começar seu home studio.
http://youtu.be/ZhiU2fs13Ws
E não esqueça: assine a nossa lista de emais, e receba conteúdo exclusivo semanalmente!



Nova lista de emails, conteúdo exclusivo!

Olá todo mundo!

Tenho uma excelente notícia para todos os leitores que acompanham o nosso blog e se interessam por Home Studio e Produção Musical Independente.

Retomando agora um ritmo mais dinâmico, nosso blog, que já era muito bom, vai ficar ainda melhor! Após um período de recesso, no qual me dediquei à conclusão do meu doutorado em engenharia elétrica (processamento digital de sinais), volto à ativa em Produção Musical, compartilhando com vocês dicas e experiências de Home Studio!

Eis a proposta. Devido ao grande número de e-mails que recebo com os mais diversos questionamentos, principalmente sobre como montar um Home Studio e como produzir suas músicas com uma boa qualidade, resolvi criar uma lista exclusiva de e-mails, na qual pretendo esclarecer esses assuntos e outros mais. Serão emails semanais nos quais pretendo responder às suas dúvidas, tais como:
  • “Que equipamentos eu devo comprar, e quais eu posso dispensar?” 
  • “Quais os softwares indicados para gravar, mixar e masterizar?” 
  • “Como faço para gravar voz, violão, baixo, guitarra, piano, teclados, bateria, esse ou aquele instrumento?” 
  • “Como faço para obter um som com qualidade ‘profissional’?” 
Esses e outros assuntos serão agora tratados sistematicamente em um canal de comunicação no qual vocês poderão tirar as suas dúvidas diretamente comigo. A vantagem da lista de emails será principalmente essa: ao invés de termos uma via de mão única, onde eu escrevo e você estuda, teremos agora uma via de mão dupla, onde eu poderei esclarecer as suas dúvidas e compartilhar com você a minha experiência.

A partir desse canal direto de comunicação, passarei a produzir um conteúdo exclusivo e direcionado, procurando atender às suas expectativas e orientando-o em suas dúvidas concretas. Esse conteúdo será, na medida do possível, no formato de vídeos e tutoriais, e eventualmente de material escrito como ebooks e outros artigos.

Assine a lista de emails (aí do lado esquerdo, ó...  ), vamos manter contato, e aprender a produzir música de qualidade sem sair de casa! 

Abração,

          

DOMINGO, 14 DE JULHO DE 2013


Montando o Circo

Instalado o Cubase 5.1.1 e o Driver da Interface de Áudio, vejamos o que temos.
Em uma postagem anterior eu sugeri utilizar a mesa de som. Hoje mudei minha opinião pelo seguinte motivo: minha interface de áudio é de muito boa qualidade (m-áudio), mas minha mesa é, digamos, de uma "segunda linha" (Behringer). E como todo bom engenheiro sabe, é bom minimizar as possíveis fontes de problemas. Usar a mesa é muito bacana, principalmente se você dispõe de várias saídas na sua interface de áudio e pode mixar tudo fora do computador. É legal, mas lembre-se de que a cada novo elemento inserido no circuito, a qualidade do áudio diminuirá. Optei, portanto, em fazer a mixagem virtualmente no próprio Cubase. De resto, as ligações são simples. Saída da interface para os monitores, e ir variando as entradas de acordo com o que for gravar.

SÁBADO, 29 DE JUNHO DE 2013


Recomeço

Retomando depois de muito tempo, vejamos o que ficou pra trás... O Multiply saiu do ar, mudou de ramo, e levou minhas gravações consigo. Isso porque o meu HD externo, aquele mesmo de outra postagem orgulhosa, queimou e me deixou sem backup de tantas e tantas horas de gravação.
Mudei há tempos o setup do meu home, que agora está centrado numa M-Audio FastTrack Pro. Uma dica do Flávio Goulart, que repouse com toda a paz na alegria do Céu, foi retirar a mesa da Behringer da cadeia de gravação. Faz sentido, pois afinal não se trata de uma mesa de tão boa qualidade, e passar por ela sempre pode alterar o som negativamente.
Mas depois de séculos, como dizia, fui instalar o driver da interface da M-audio, e não tinha mais driver na página da M-audio, pois a "M-AUDIO" Fast Track Pro é agora assumidamente um produto da Avid, e o driver pode ser baixado em www.avid.com/drivers. Faz parte, se fosse fácil qualquer um faria... Recomecemos então... Abração!

QUINTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2011


Experiências de Estúdio

É fato que essa arte pilotar o estúdio como um instrumento musical a mais se aprende melhor com outros artistas mais experientes.

Vou colocar algumas observações que fiz ao longo da gravação de um CD no estúdio Ethos Brasil, com o Flávio Goulart.

Batera: gravada em 8 canais, a saber:
Bumbo, caixa, hi-hat, 2 tons, 1 surdo, mais 2 overs. Os overs e o bumbo foram microfones condensadores maiores (depois verifico o modelo), e os demais foram microfones tipo cápsula como o Shure SM57.

Baixo: passando por uma DI da boss, praticamente ligado direto.

Guitarra: passando pela pedaleira da Boss(tipo uma GT-10), com simulador de amps e efeitos.

Voz: o microfone é tudo. Um AKG de milhares de reais faz a diferença.

Isso tudo entrando numa mesa mackie, e daí pra uma interface de áudio de 8 canais.
A interface trabalhou com 24 bits e 48kHz. O programa foi o pro tools, uma versão mais antiga, rodando num MAC.


Dicas:
1. Gravar duas vezes e separar as faixas no estéreo. Fizemos isso com as guitarras base, com a voz no refrão, etc.

2. Todas as vozes devem ser afinadas. Usar um pluggin tipo o Antares. O resultado realmente é outro.

3. O tempo é fundamental. Gravar com click (metrônomo), e corrigir eventuais escorregadas principalmente da batera.

4. Ordem: gravamos primeiro uma faixa guia (em casa, pra economizar) com guitarra e voz, no metrônomo. Em cima disso o batera gravou, e depois foi o baixo. Nesse ponto deletamos a faixa guia, e colocamos guitarras base e solos. Finalmente, vozes.

5. Na hora de mixar, geralmente dá-se uma comprimida na voz pra diminuir a dinâmica. Nosso técnico preferiu acertar a dinâmica na mão, pilotando os volumes com automação no protools. Segundo ele, o compressor sempre tira alguns harmônicos, e assim fica melhor.

Ok, esse post tá incompleto, vou reunir mais umas informações e atualizá-lo. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Artigos

História do Jazz.

O Jazz.

Conceito.

A melodia jazzística nasce do instrumento e não da teoria. No jazz, o próprio instrumentista faz a sua técnica, emitindo sua mensagem musical do jeito que sente a música. Portanto, o importante é o sentimento do instrumentista, enquanto na música erudita vale mais o sentimento do compositor. Por isso, se costuma dizer que jazz não é algo que se toca, mas como se toca.
Diferencia-se da música erudita e da música popular pelos seguintes elementos:
- Relação especial com o sentido de tempo, caracterizado em grande parte pelo conceito de ritmo.
- Pela espontaneidade e vitalidade de sua criação e execução instrumental, onde a improvisação ocupa um papel de extrema importância.
- Pela sonoridade e fraseado, que espelham a contribuição pessoal do instrumentista.

Origens

O jazz surgiu das influências culturais na música negra no sul dos Estados Unidos. Sua origem vem, em primeiro lugar, das canções de trabalho que amparavam os negros durante o trabalho. Também vem da música religiosa, dos ritmos da música espanhola do Golfo do México, da estrutura e ritmo da música francesa, polcas, marchas das bancas, tendo como base de tudo o ritmo do negro.
Blue note: a música negra que, praticamente, serviu de base para o jazz foi o blues, forma musical cujo tema é expresso em 12 compassos e na qual aparecem as alterações melódicas e antigas do jazz: os intervalos de terça ou sétima menores, numa tonalidade maior. A qualquer dessas alterações se dá o nome de blue note. O blues exprime estados de espírito, geralmente relacionados com o viver, dormir, correr, amar e morrer. São melancólicos e aparecem depois da emancipação do negro, originários das canções e trabalho, da balada inglesa e do espiritual.

Os estilos do Jazz
Ocorre dos estilos do Jazz serem separads em décadas, mas apenas para que se possa ter uma visão definida de sua evolução. Por isso, não quer dizer que nas décadas seguintes, mesmo já com outros estilos, o anterior deixa de ser executado.


Ragtime (1890)

O ragtime foi o precursor imediato do período a que se chama Jazz Clássico de New Orleans. Teve uma parte de sua origem nas tentativas de pianistas negros copiarem a técnica das orquestras de instrumentos metálicos. Assim, mudavam o acento do tempo forte do compasso para fraco, ao tocarem marchas e também no repique do ritmo da gavota. O ragtime é caracterizado por uma melodia altamente sincopada, tendo por acompanhamento um ritmo regularmente acentuado em notas graves.
Scot Joplin, do Texas, ficou conhecido como o Rei do Rag, tendo mais de 600 composições de sua autoria, para piano, orquestra, incluindo ragtimes, canções e valsas. Sua música não contava com a improvisação, elemento básico do jazz, mas tinha um ritmo muito característico e foram muito cedo usadas na improvisação jazzística. Mas o primeiro músico a se libertar das normas de composição e execução do ragtime foi Jelly Roll Morton. Com sua interpretação, transformou todo o material melódico do rag, conduzindo-o assim, ao estilo New Orleans, do qual foi um dos precursores.
Morton revelou-se excelente arranjador em sua orquestra. O arranjo e a improvisação podem coexistiam perfeitamente. Decidia-se o esquema rítmico, depois se organizava as funções dos diversos blocos de instrumentos e era estudada a atuação de músico por músico, escolhendo-se os momentos em que cada um improvisaria. Portanto, o rage de Jelly Morton abriu o caminho para o jazz. Levou a tradição do ragtime para Chicago e Califórnia.
O declínio do ragtime ocorreu no final da Primeira Guerra Mundial, pois Joplin tinha tornado o rag requintado e sério demais. O interesse voltou-se então para Morton, que neste momento já estava improvisando no rag e, assim, fazendo o jazz, o que abriu espaço para a fase seguinte.


O Jazz de New Orleans (1900)

Foi em New Orleans que surgiu o jazz e a importância dos grandes músicos que daí vieram foi predominante até a década de 30. Contribuiu para isso a tradição hispano-francesa, rica atividade musical européia e a existência de duas populações negras diferentes. Havia dois tipos de mestiços negros: o crioulo, de origem francesa e o americano, de origem inglesa. Os crioulos já possuíam um comportamento muito mais elevado que os americanos, influenciando a vida da cidade e o surgimento do jazz.
Esse entrelaçamento de raças e diferentes tipos de atividades musicais formaram o estilo New Orleans de jazz, caracterizado por três linhas melódicas num contraponto entre o piston, o trombone e a clarineta. Mas eles não tocam uma melodia, mas três melodias distintas, correspondentes a três improvisos. A essência do estilo de piston de New Orleans é a simplicidade, quase sem nenhum floreado. O trombone assegura a ligação com as harmonias fornecidas pelo acompanhamento (contrabaixo, banjo, washboard) e a clarineta costura o toque de ambos.

Dixieland (1910)

Esse foi o período em que os brancos aderiram em massa à musica dos negros. Dixieland era o apelido do sul dos Estados Unidos, e é atribuído ao jazz que se tocava num estilo New Orleans por músicos brancos. A diferença é mais histórica do que com relação à espécie da música. Com o tempo, orquestras de brancos passaram a ter músicos negros, e vice-versa e a pequena diferença de interpretação foi sendo eliminada.
Jack Laine foi o primeiro branco a obter sucesso com sua orquestra tocando a música de New Orleans. Sua orquestra sem piano lançou o jazz Dixieland, que mais tarde arrebatou o s EUA e fascinou o mundo. O declínio de Jazz em New Orleans, na fase dixieland, é relacionado diretamente com a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial. A cidade se transformou numa base naval e o Ministro da Marinha entendeu que a diversão da cidade seria um perigo para a tropa, portanto o bairro boêmio Storyville foi fechado por decreto. As centenas de músicos que ficaram sem trabalho foram para outras cidades, sobretudo Chicago.


Chicago Jazz (1920)

Com o êxodo de New Orleans, o jazz dixieland se instalou em Chicago e se desenvolveu, principalmente, a partir de 1920. A atividade musical se concentrou no bairro negro Southside, originando o Estilo Chicago ou Chicago Jazz. Grande parte dele tem a ver com a imitação imperfeita do Jazz de New Orleans pelos músicos de Chicago.
Ou seja, surgiu um estilo em que a melodia fluía mais tranqüilamente, mais simples e clara, abrindo espaço para o toque individual e a valorização do instrumento solando sozinho. O Chicago Jazz é basicamente uma sucessão de solos, ao contrário dos estilos New Orleans e dixieland, onde os solos se entrelaçavam intensamente. Esta fase marca a introdução do saxofone e a efetivação do piano, entre os instrumentos de acompanhamento.
Posteriormente, os estilos New Orleans, dixieland e Chicago ficaram conhecidos como Tradicional Jazz.

Swing (1930)

Esse estilo surgiu em Nova York, produzido por músicos oriundos dos estilos anteriores, fixados no Harlem, o bairro negro. Em razão da enorme divulgação, o jazz ganhou grande comercialização, levando ao surgimento de danças derivadas do blues, ragtime e dixieland. O swing é caracterizado por serem fortes todos os quatro tempos do compasso, todos eles batidos pelo bombo. Alguns especialistas não consideravam o swing como jazz. Como reação ao chamado "desvirtuamento" do jazz, houve uma renovação do Tradicional Jazz, denominado Revivalismo, logo depois da época do swing.

Bebop (1940)

Trata-se de um estilo variante do swing, no qual o ritmo é marcado mais pelo prato da bateria do que pelo bombo. No estilo swing, o baterista mantinha o pedal em movimento regular e usava os pratos e os tambores para os efeitos rítmicos. No bepop, transferiu-se a batida fundamental do bombo para os pratos superiores e o pedal deixou de ser usado, a não ser para produzir um esporádico efeito especial, além dos pratos serem mantidos sempre em atividade.

Cool Jazz (1950)

Estilo que mistura swing e bebop. Caracterizado também pelas inflexões do prato, porém sem o nervosismo e a agitação do bebop, sendo uma música mais tranqüila. No final dos anos 40 surgiu a escola do cool jazz, quando músicos mais moderados voltaram-se pra o aspecto lírico e brando do bebop. O principal responsável por essa mudança foi Lester Willis, excelente sax-tenor.
O cool jazz invadiu rádios e filmes, mas depois for perdendo a identidade e se fundiu na corrente geral do jazz moderno, no qual se incluiu o pianista Dave Brubeck.

Hard Bop (1950)

O hard bop, como o cool jazz e soul jazz, iniciou como uma variação de outro estilo musical, no caso, o bop. Com o crescimento do bop na segunda metade dos anos 40, as estrutura dos acordes, ritmos e de improvisação no jazz se tornaram muito mais complexas. Apesar dos pioneiros serem mestres virtuosos, muito dos seguidores sacrificaram o sentimento pela precisão, emoção por velocidade. Quando o cool jazz emergiu no final dos anos 40, algumas das qualidades do swing que foram desestimuladas (arranjos, o uso do espaço e uma ênfase no timbre) para que o jazz fosse restaurado num certo sentido. Entretanto outros jovens músicos queriam utilizar um campo maior de emoções do que era encontrado no cool jazz, e eles procuraram colocar no jazz elementos de spiritual e música gospel. O Hard bop gradualmente se desenvolveu e na metade dos anos 50 ele se tornou na linha mais moderna do mainstream do jazz. Apesar de ser baseado no bop, o hard bop tinha algumas diferenças.
Os ritmos poderiam estar bem ardentes, mas as melodias eram geralmente mais simples, e os instrumentistas (notadamente os saxofonistas e pianistas) tendiam a ser mais abertos a influências e os contrabaixistas começavam a ter um pouco mais de liberdade e espaço para solos. Em função dos solos serem carregados de soul, o hard bop foi apelidado de "funk" durante um tempo. No começo dos anos 60 o soul jazz se desenvolveu independente do hard bop, embora os dois estilos se entrecruzarem freqüentemente. Durante a década de 60 os músicos do hard bop começaram a incorporar aspectos da música modal, permanecendo num acorde por longos períodos de tempo e da vanguarda em suas músicas.

Free Jazz ou Jazz Rock (1960)

Esse estilo é caracterizado pelo desaparecimento da célula rítmica básica, ou seja, o ritmo é irregular e a melodia é atonal. São incorporados elementos musicais de diversas culturas e o ruído passa a fazer parte do som musical. Consagrados músicos de jazz americanos atuam em conjunto com instrumentistas de outros países: Arábia, Índia, Brasil, Japão e Espanha.
Enquanto no jazz tradicional o ouvinte possuía uma série de moldes auditivos, nos quais se pautava a execução musical, no free jazz houve uma inversão. A música fica repleta de sons e efeitos eletrônicos em liberdade total.

Jazz Fusion (1970)

Inicialmente denominado jazz-rock, o termo fusion foi erroneamente utilizado, durante anos, para abrigar outras formas musicais que eram mais intimamente relacionadas com o pop digestivo ou R&B. Seguindo a versão mais tradicional, fusion foi uma mistura da improvisação jazzística com outros ritmos, timbres e a energia do rock, agora mais direcionado e mais transcendental.
Devido ao enfraquecimento do jazz, em função da disputa entre os hard boppers e os raivosos artistas do free jazz, muitos músicos começaram a olhar para o rock. A introdução de teclados eletrônicos e os pianos elétricos, sintetizadores, mais a aparelhagem de efeitos sonoros atualizaram os pianistas com uma galáxia de novos sons a serem explorados.
A guitarra elétrica se transformou numa referência, ao se tornar um instrumento de solo, executando um som bem alto e brilhante; o baixo acústico deu lugar a um mais portátil, eletrônico e com formato de guitarra. E os bateristas mudaram seus estilos, deixando de lado os ritmos de bop para se orientar ao rock, dando ênfase a cada batida, com força e pulsação.


O Jazz em Nova York

Nova York teve especial papel no mundo jazzístico, não por ter sido berço de um estilo, mas por sua posição dominante na indústria americana de diversões. Com seus clubes noturnos, teatros famosos e com o centro das gravadoras, absorveu o desenvolvimento de todas as fases do Jazz, a partir da Primeira Guerra Mundial, e lançou muitos ao estrelato. Embora tenha sido uma espécie de ponto de convergência para a música e músicos de todos os estilos, merece atenção o grupo do Harlem, no final dos anos 20. Lá surgiram líderes como Duke Ellington e o desenvolvimento do Bebop, no início da década de 40, com músicos com Dizzy Gillespie e Thelonius Monk.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DO CONTRA-BAIXO



HISTÓRIA DO CONTRA-BAIXO

O contrabaixo tem suas origens remotas na Baixa Idade Média, período compreendido entre o Cisma Greco-Oriental (1054) e a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). Descendente de uma família chamada "violas", que se dividia em dois grupos, violas de braço e violas de pernas, o contrabaixo é hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo grupo.

Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca, instrumento de origem árabe com formato parecido com o alaúde como a guitar-fiddle (uma espécie de violão com o formato semelhante a um violino). No Sacro Império Romano Germânico, quase todos os instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e a grande. A música executada neste período era bastante simples, as composições situavam-se dentro de um registro bastante limitado e no que tange à harmonia, as partes restringiam-se a duas ou três vezes. Era muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em uníssono.

Com o passar dos anos, o número de partes foi expandido para quatro.
Aproximadamente na metade do séc. XV, começou-se a usar o registro do baixo, que até então era desconsiderado. Com esta nova tendência para os graves, os músicos precisavam de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes graves. A solução encontrada pelos construtores de instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os instrumentos existentes, mas em escala maior. Ocorre, então, uma evolução técnica e artística de um instrumento em conjunto com a história da música. Assim, a evolução no número de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que desempenhassem satisfatoriamente aquela nova função.

De qualquer modo, seu ancestral mais próximo foi o chamado violine, que no início do séc. XVII tornou-se o nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na metade do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violine. E começou a ter vida própria. Entretanto, até a metade do séc. XVIII o instrumento não era utilizado em larga escala, tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a popularização.

Com o desenvolvimento da música popular no final do séc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz, inicia-se assim a introdução do contrabaixo com uma inovação: ele não era tocado com arco... Apenas com os dedos a fim de que tivesse uma marcação mais acentuada.

O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do séc. XX, o baixo só pode ser imaginado como uma imenso instrumento oco de madeira usado para bases de intermináveis solos de sax, se bem que era usado também no princípio do blues e do mambo (estou falando de antes da 2º Guerra Mundial).

Assim foi até que em 1951, um norte-americano chamado Leo Fender cria um baixo tão elétrico quanto à guitarra elétrica que também criou. O primeiro modelo foi denominado Fender Precision, e o nome não era casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o braço totalmente liso, o novo instrumento incorporava trastes, assim como suas guitarras.

Parece uma bobagem, mas o detalhe dos trastes faz com que a afinação do baixo seja muito mais precisa, eis aí a origem do nome. Mas a revolução fundamental que representa o baixo elétrico frente ao contrabaixo é a amplificação do som. Se a solução antigamente havia sido aumentar a caixa de ressonância, transformando o violino em um instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a solução foi inserir uma pastilha eletromagnética no corpo do instrumento para que o som fosse captado. Além do mais, a redução do tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transporta-lo com mais comodidade, e poder viajar no mesmo ônibus dos outros músicos portando seu próprio instrumento.

Mas nem tudo seria apenas vantagem, sobretudo para aqueles que tocavam baixo, mas não eram realmente "baixistas". Até então, o contrabaixo era o instrumento que todos acreditavam serem capazes de tocar, principalmente porque não se ouvia, de modo que muitos mais representavam em palco do que realmente tocar o baixo. A amplificação trouxe à tona quais eram os verdadeiros baixistas.

Deve-se dizer que antes de 1951, na década de 1930, houveram arriscadas e valentes tentativas de se fazer o mesmo, principalmente por parte de Rickenbacker. Mas se mencionei o Precision de 1951 como o primeiro baixo elétrico é porque é o primeiro que se pode considerar como tal, já que o anterior entraria na categoria de protótipos. Como é lógico, depois vieram outros modelos (como o Jazz Bass, também de Fender), as imitações, etc. Mas o significativo é que você pode comprar hoje em dia um Precision com quase as mesmas características que aquele, pois a maioria dos baixos atuais se baseiam em seu desenho.



Os músicos de jazz e blues, a princípio, acharam a idéia interessante, mas mantiveram-se em seu tradicionalismo. Somente muitos anos depois o baixo elétrico seria tão popular no jazz e no blues quanto o acústico. No caso do blues, ele surgiu assim que Muddy Waters introduziu a guitarra neste ritmo, ainda que seu baixista, o mitológico Willie Dixon usasse um acústico. No caso do jazz, o baixo elétrico só veio à tona com Miles Davis.

Nos anos 60, o papel do baixista segue sendo, basicamente, o mesmo que nos anos 50: um suporte harmônico de fundo. A partir de 1967, o baixo elétrico começa a aparecer, fundamentalmente no rock'n roll. O melhor exemplo talvez seja o disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui já podemos começar a falar de linhas de baixo de temas pop, tal como os conhecemos atualmente. É prova disto o Festival de Woodstock em 1969.

Os anos 70 apresentam a maturidade do baixo. Os produtores começam a prestar mais atenção no potencial do instrumento e o contrabaixo assume uma importância maior, como no surgimento da disco music. É fundamental também o surgimento do rock progressivo, o jazz fusion, o latin rock, o heavy metal, o punk, o reggae, o funk e a soul music. O baixo acústico se limita apenas aos setores mais tradicionais, como jazz, blues e ritmos tipicamente latinos, assim mesmo já rivalizando com o elétrico. E é claro, a popularização do fretless, o baixo elétrico sem trastes.

O desenvolvimento da década de 80 apresenta a maturidade de alguns estilos musicais e o desaparecimento de outros. Percebe-se neste período que o baixo já não é imprescindível, e que pode facilmente ser trocado por um sintetizador. A massificação da dance music (pária da disco music) deixa de lado o contrabaixo, ainda que sua linha ainda esteja presente, mesmo que sintetizada. Mas isto não acontecia apenas com o baixo, mas também com a guitarra e a bateria, já que o sintetizador era o instrumento fetiche do início da década.

Para felicidade nossa, esta tendência de trocar todos os instrumentos por um só foi passageira. E os grupos voltaram, sejam eles de rock ou jazz, tanto o baixo elétrico quanto o acústico estavam novamente no palco. Nem todos estavam concordando com a massificação dos sintetizadores, principalmente produtores mais atentos e a revista Bass Player. O jazz começava a abrir um campo especificamente voltado para o contrabaixo elétrico, e assim o instrumento se desenvolveu com uma rapidez imensa tornando-se hoje um dos mais importantes instrumentos musicais da música moderna.

Método de estudos pra baixista

quinta-feira, 22 de março de 2012


Apostila de Contra-baixo Iniciante




Apostila para iniciante, você que não tem noção de partitura, vale a pena conferir.

Clique aqui para "baixar"!

Improvisação musical

Improvisação musical é a arte de compor e registrar ao mesmo tempo; ou seja, é inventar na hora! Uma improvisação pode ser...