quinta-feira, 9 de março de 2017

O músico: na igreja e como profissional

 O artista em geral e no caso, o músico, tem uma realidade muito  complexa, tanto dentro ou fora da igreja. Infelizmente durante muitos anos foram incompreendidos e marginalizados em sua atuação. Esta realidade foi um pouco atenuada fora do país, por causa de uma mentalidade mais aberta e por se valorizar a arte como base de uma educação de um povo. Nem todo músico é boêmio (idéia arraigada, infelizmente) e tem uma possibilidade enorme de adorar a Deus através de sua vida profissional.
As barreiras são muitas para que trilhe este caminho: barreira familiar, quando os pais se assustam com a opção de seus filhos se tornarem profissionais, já que em nossa cultura isto não é valorizado; barreira educacional, já que o ensino de música não é obrigatório nas escolas municipais e estaduais, levando o aspirante a músico a brigar por algumas vagas oferecidas por escolas do governo ou migrará para o ensino particular ou em escolas superiores particulares, e a própria barreira profissional, com poucas oportunidades oferecidas em seu mercado de trabalho..
Quando fui estudar contrabaixo na Escola Municipal de Música em São Paulo, em 1971, ouvi do meu professor que deveria optar por outro instrumento, pois as orquestras municipal e estadual, inclusive a jovem, já tinham instrumentistas suficientes nestes instrumentos para os próximos 20 anos. Isto é, se optasse pelo instrumento, teria poucas chances de trabalhar profissionalmente aqui, a não ser dando aulas ou formando um grupo de jazz.
Em nosso mundo evangélico brasileiro ainda se questiona se o músico ou artista pode exercer seu dom e capacidade de forma profissional e não só de forma amadora. Há muita ignorância teológica sobre o uso das artes, parecendo inclusive que esta dimensão está excluída de uma vida cristã saudável.
Parece que o músico, ou o artista em geral, vive num planeta à parte, muito mais sujeito às tentações e lutas do que os outros profissionais. Para quem trabalha pastoralmente como eu e está envolvido com aconselhamento, sabe que isto não é verdade, pois estamos sujeitos a toda a sorte de provações e tentações em qualquer área e ambiente em que se vive.
A idéia em nosso meio é a seguinte: o músico ou artista que se converte precisa “abandonar” o mundo e a “velha” vida, diferenciando-o de outros profissionais (médico, dentista, professor, bancário, etc.) que passam pela mesma experiência de conversão, como se estas profissões fossem “santas” e a dele não. O fazer tudo para a glória de Deus (1 Cor. 10.31) continua valendo para todos, e todos os profissionais cristãos terão áreas de tensão e que terão que se posicionar por causa do cristianismo, considerando a ética e a moral cristã, além dos valores do reino de dignidade e justiça.
Graças a Deus temos a experiência de Lutero e dos irmãos Wesley, por exemplo, que além de teólogos, eram músicos. Deus é o Supremo Artista, e Sua capacidade de criação se vê em todo o universo. Precisamos resgatar em nossa teologia, a teologia das artes.
Tenho ouvido este resgate nos últimos tempos através de ministrações do Gerson Ortega (SP), Carlinhos Veiga de Brasília e Sidney Costa, coordenador do Louvale em São Jose dos Campos, além dos irmãos da Associação de Músicos Cristãos (AMC) e que tem ajudado os artistas da igreja em seus posicionamentos e decisões.
O músico cristão recebeu dons e talentos para criar, para executar, para exercitar com excelência e integridade na adoração e no testemunho diário. Não somente na igreja, mas dando testemunho de Jesus em seu meio ambiente, sendo sal e luz do mundo. O músico precisa ser responsável em seu ambiente de trabalho. O músico está envolvido na missão que recebemos como crentes, além de poder usar a música para seu sustento digno. Consideremos alguns aspectos

O músico necessita de apoio espiritual
É importante um trabalho de discipulado para que seja transformado em seu caráter como pessoa e para que tenha sabedoria no uso de seus talentos. Apoio de oração para que seja luz em seu ambiente de trabalho e para que persevere em meio à lutas de sua realidade e irmãos e autoridades que o avaliem e aconselhem.
O músico precisa de espaço e oportunidade
Não devemos olhar o músico ou artista com preconceito mas sim, viabilizar oportunidades para que ele possa servir a Deus na igreja com alegria, humildade, excelência e integridade. Não somente na igreja, mas fora do ambiente dela para que mostre que é possível um artista servir a Deus exercendo sua profissão com a dignidade que ela tem.  Mais de 70%  dos artistas das grandes orquestras e coros dos grandes centros e também os populares, saíram de igrejas evangélicas. Não podemos nos conformar com esta perda.
O músico precisa de preparo
É fundamental o músico se  preparar para dar o seu melhor ao Senhor e executar sua música com excelência. Dedicar o melhor e não o pior ao Senhor, sempre com um coração singelo e integro. A igreja sempre que possível deve ajudar para que os que se dedicam sejam abençoados e cresçam em seu serviço e ministério.
O músico precisa de sustento
Obviamente nem todos poderão ser sustentados pela igreja, mas precisamos ser sensíveis e ajudar àqueles que estão se dedicando para este trabalho e ministério continuamente na igreja local. É sabido que as oportunidades dos músicos de exercitarem as suas profissões e, ainda mais, ganhando para isso, são muito escassas em nosso país. A maioria dos músicos consegue sustento dando aulas, gravando, e tocando em festas, casamentos, orquestras e coros, e poucos, com artistas expostos na mídia.
O crescimento de oportunidades no ambiente evangélico aumentou e muito, para a atuação profissional e ministerial, e a música cristã ou gospel representa  hoje 30% da produção fonográfica nacional, além de programações independentes para a rádio e TV aberta ou paga.
Junto com isto é preciso que se mude a mentalidade, para favorecer a atuação dos artistas cristãos. Vamos dar mais um passo para beneficiar esta geração e a próxima, e que os músicos e artistas tenham sempre discernimento e maturidade para viver de maneira digna do evangelho que abraçaram.

terça-feira, 7 de março de 2017


Fala Galera!
AQUI É PAULINHO JR BASS



Novo vídeo sobre home studio e produção musical independente

Wellcome back my friends, to the show that never ends!


Assista o primeiro vídeo com dicas sobre o que você precisa para começar seu home studio.
http://youtu.be/ZhiU2fs13Ws
E não esqueça: assine a nossa lista de emais, e receba conteúdo exclusivo semanalmente!

SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014


Nova lista de emails, conteúdo exclusivo!

Olá todo mundo!


Tenho uma excelente notícia para todos os leitores que acompanham o nosso blog e se interessam por Home Studio e Produção Musical Independente.

Retomando agora um ritmo mais dinâmico, nosso blog, que já era muito bom, vai ficar ainda melhor! Após um período de recesso, no qual me dediquei à conclusão do meu doutorado em engenharia elétrica (processamento digital de sinais), volto à ativa em Produção Musical, compartilhando com vocês dicas e experiências de Home Studio!

Eis a proposta. Devido ao grande número de e-mails que recebo com os mais diversos questionamentos, principalmente sobre como montar um Home Studio e como produzir suas músicas com uma boa qualidade, resolvi criar uma lista exclusiva de e-mails, na qual pretendo esclarecer esses assuntos e outros mais. Serão emails semanais nos quais pretendo responder às suas dúvidas, tais como:
  • “Que equipamentos eu devo comprar, e quais eu posso dispensar?” 
  • “Quais os softwares indicados para gravar, mixar e masterizar?” 
  • “Como faço para gravar voz, violão, baixo, guitarra, piano, teclados, bateria, esse ou aquele instrumento?” 
  • “Como faço para obter um som com qualidade ‘profissional’?” 
Esses e outros assuntos serão agora tratados sistematicamente em um canal de comunicação no qual vocês poderão tirar as suas dúvidas diretamente comigo. A vantagem da lista de emails será principalmente essa: ao invés de termos uma via de mão única, onde eu escrevo e você estuda, teremos agora uma via de mão dupla, onde eu poderei esclarecer as suas dúvidas e compartilhar com você a minha experiência.

A partir desse canal direto de comunicação, passarei a produzir um conteúdo exclusivo e direcionado, procurando atender às suas expectativas e orientando-o em suas dúvidas concretas. Esse conteúdo será, na medida do possível, no formato de vídeos e tutoriais, e eventualmente de material escrito como ebooks e outros artigos.

Assine a lista de emails (aí do lado esquerdo, ó...  ), vamos manter contato, e aprender a produzir música de qualidade sem sair de casa! 

Abração,

          André

DOMINGO, 14 DE JULHO DE 2013


Montando o Circo

Instalado o Cubase 5.1.1 e o Driver da Interface de Áudio, vejamos o que temos.
Em uma postagem anterior eu sugeri utilizar a mesa de som. Hoje mudei minha opinião pelo seguinte motivo: minha interface de áudio é de muito boa qualidade (m-áudio), mas minha mesa é, digamos, de uma "segunda linha" (Behringer). E como todo bom engenheiro sabe, é bom minimizar as possíveis fontes de problemas. Usar a mesa é muito bacana, principalmente se você dispõe de várias saídas na sua interface de áudio e pode mixar tudo fora do computador. É legal, mas lembre-se de que a cada novo elemento inserido no circuito, a qualidade do áudio diminuirá. Optei, portanto, em fazer a mixagem virtualmente no próprio Cubase. De resto, as ligações são simples. Saída da interface para os monitores, e ir variando as entradas de acordo com o que for gravar.

SÁBADO, 29 DE JUNHO DE 2013


Recomeço

Retomando depois de muito tempo, vejamos o que ficou pra trás... O Multiply saiu do ar, mudou de ramo, e levou minhas gravações consigo. Isso porque o meu HD externo, aquele mesmo de outra postagem orgulhosa, queimou e me deixou sem backup de tantas e tantas horas de gravação.
Mudei há tempos o setup do meu home, que agora está centrado numa M-Audio FastTrack Pro. Uma dica do Flávio Goulart, que repouse com toda a paz na alegria do Céu, foi retirar a mesa da Behringer da cadeia de gravação. Faz sentido, pois afinal não se trata de uma mesa de tão boa qualidade, e passar por ela sempre pode alterar o som negativamente.
Mas depois de séculos, como dizia, fui instalar o driver da interface da M-audio, e não tinha mais driver na página da M-audio, pois a "M-AUDIO" Fast Track Pro é agora assumidamente um produto da Avid, e o driver pode ser baixado em www.avid.com/drivers. Faz parte, se fosse fácil qualquer um faria... Recomecemos então... Abração!

QUINTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2011


Experiências de Estúdio

É fato que essa arte pilotar o estúdio como um instrumento musical a mais se aprende melhor com outros artistas mais experientes.

Vou colocar algumas observações que fiz ao longo da gravação de um CD no estúdio Ethos Brasil, com o Flávio Goulart.

Batera: gravada em 8 canais, a saber:
Bumbo, caixa, hi-hat, 2 tons, 1 surdo, mais 2 overs. Os overs e o bumbo foram microfones condensadores maiores (depois verifico o modelo), e os demais foram microfones tipo cápsula como o Shure SM57.

Baixo: passando por uma DI da boss, praticamente ligado direto.

Guitarra: passando pela pedaleira da Boss(tipo uma GT-10), com simulador de amps e efeitos.

Voz: o microfone é tudo. Um AKG de milhares de reais faz a diferença.

Isso tudo entrando numa mesa mackie, e daí pra uma interface de áudio de 8 canais.
A interface trabalhou com 24 bits e 48kHz. O programa foi o pro tools, uma versão mais antiga, rodando num MAC.


Dicas:
1. Gravar duas vezes e separar as faixas no estéreo. Fizemos isso com as guitarras base, com a voz no refrão, etc.

2. Todas as vozes devem ser afinadas. Usar um pluggin tipo o Antares. O resultado realmente é outro.

3. O tempo é fundamental. Gravar com click (metrônomo), e corrigir eventuais escorregadas principalmente da batera.

4. Ordem: gravamos primeiro uma faixa guia (em casa, pra economizar) com guitarra e voz, no metrônomo. Em cima disso o batera gravou, e depois foi o baixo. Nesse ponto deletamos a faixa guia, e colocamos guitarras base e solos. Finalmente, vozes.

5. Na hora de mixar, geralmente dá-se uma comprimida na voz pra diminuir a dinâmica. Nosso técnico preferiu acertar a dinâmica na mão, pilotando os volumes com automação no protools. Segundo ele, o compressor sempre tira alguns harmônicos, e assim fica melhor.

Ok, esse post tá incompleto, vou reunir mais umas informações e atualizá-lo. 


 é artista-solo exclusivo da Jazz
Station Records e contrabaixista com Ithamara
Koorax. É autor do livro Dicionário Brasileiro de
Contrabaixo Elétrico.
CONTRABAIXO
O
Dando continuidade ao
artigo da edição 156,
conforme prometi, aqui
está a segunda parte
dessa pequena análise
contendo os principais
efeitos que podem ser
usados no contrabaixo,
descritos de forma um
pouco mais clara e
descompromissada.
Nessa segunda parte,
incluí efeitos comuns,
porém
inexplicavelmente
pouco utilizados por
contrabaixistas. Então,
vamos em frente
verdrive & Distortion: pode-se resumir esses efeitos como dispositivos que servem para clipar o sinal,
causando, dessa forma, uma distorção
por nível de saturação. A sonoridade do
instrumento sai “rangida” e “nervosa”
com graus diversos, variando segundo a
quantidade de distorção aplicada ao sinal original. O timbre obtido fica, então,
como um “rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr”.
Existe uma enorme quantidade de pedais disponíveis no mercado hoje em dia,
confeccionados para diferentes finalidades. Os pedais originais eram construídos
sob a diretriz das distorções por saturação
de válvula (overdrive) e ainda são muito
populares. Outros pedais são direcionados
ao rock, heavy metal, blues, grunge, retro
e assim por diante. Distorções e overdrives
suaves nasceram de muitos circuitos fuzz
desenhados nos anos 60, sendo que uma
extensa variedade de métodos que distorciam o sinal original da guitarra foi marcada sob a genérica descrição de fuzz. Um
dos mais populares foi o Fuzz Face, usado
por Jimi Hendrix, enquanto na outra ponta, um dos menos usados foi provavelmente o design Schmidt-Trigger que somente
trabalhava monofonicamente (uma nota
de cada vez), produzindo uma onda quadrada sintetizada.
No final do século passado o par de
diodos “back-to-back” tornou-se popular
como uma técnica para produzir satura-
ção suave (com diodos de germânio) ou
saturação extrema (com diodos de silicone). Hoje em dia overdrive virou sinônimo de saturação suave, na qual o
ganho é reduzido acima do ponto de
clipagem, enquanto distortion passou a
significar saturação extrema, na qual o
nível é fixo para além deste mesmo ponto
de clipagem. Distortion é um pouco mais
radical, bom para rock em geral, sendo o
overdrive uma sonoridade mais natural.
Usualmente os controles são:
Gain (muitas vezes designado como
Drive) – controla a quantidade de distorção.
Tone – serve para compensar o excesso de agudos adicionais causados pelo
processo de clipagem.
Volume (ou Level) – serve para balancear o volume do efeito com o nível
de sinal bypassed (limpo). Também serve
como boost do sinal (ganho adicional) nos solos. Algumas vezes podem
existir opções para tonalidades como
Bass, Middle e Treble.
Pedais clássicos de overdrive são:
Ibanez Tube Screamer TS-9, popular por
sua sonoridade natural, obtida desta forma por não permitir um pesado overdrive
e por aplicar um corte muito gradual nos
agudos. Boss OD-1, e depois o OD-2
(com controle de tone) – similar em
design, calor e sonoridade natural. Alguns baixistas que adotaram a sonoridade distorcida em seus instrumentos (seja
por meio de pedais, seja por saturação do
EFEITOS
para
- Parte 2 -www.backstage.com.br 37
INSTRUMENTOS
preamp/amp valvulado): Geddy Lee
(Rush, solo), Chris Squire (Yes, Conspiracy, solo), Jack Bruce (Cream, solo),
Tim Commenford (Rage Against Machine, Audioslave), Mick Karn (Japan,
solo), Billy Sheehan (Talas, Mr. Big,
Niacin), Lemmy Killmister (Motörhead), Tony Levin (Peter Gabriel, King
Crimson, Yes, Pink Floyd, Dire Straits),
entre outros.
HARMONISER
Esse efeito, realmente pouco pesquisado no contrabaixo, adiciona uma ou
mais notas àquela(s) que está(o) sendo
tocada(s) em intervalos melódicos pré-
selecionados e com diversas variações.
Os primeiros harmonisers conhecidos foram os divisores de oitava (octave dividers), cuja função é adicionar uma oitava distorcida (ou duas, dependendo do
modelo do dispositivo e dos ajustes) abaixo da nota real. Já os modernos harmonisers usam memórias digitais e técnicas
de recuperação que preservam o caráter
do tom e o timbre original do instrumento. Com isto, fica fácil proporcionar harmonias monofônicas (notas simples). Assim, diversos modelos também oferecem
essa opção, com melhorias na precisão e/
ou qualidade. O modo monofônico é
prontamente aplicável para linhas vocais
e instrumentos solo. Para guitarra, por vezes, ele é usado quando se quer obter harmonias polifônicas juntamente com pitch
shift e emulação de 12 strings em acordes.
Por outro lado, no contrabaixo elétrico
conseguem-se excelentes resultados para
criar texturas harmônicas em melodias e
solos (também usando harmônicos naturais ou artificiais como no caso do baixista
Larry Klein no disco “Turbulent Índigo”
de sua, então esposa, Joni Mitchell).
Pode-se determinar as harmonias a
serem obtidas com intervalos fixos, como
5 ou 7 semitons. Muitos dos atuais harmonisers oferecem acordes “inteligenOs primeiros harmonisers conhecidos foram os
divisores de oitava (octave dividers), cuja função é
adicionar uma oitava distorcida (ou duas, dependendo
do modelo do dispositivo e dos ajustes) abaixo da
nota real38 www.backstage.com.br
INSTRUMENTOS
e-mail para esta coluna:
jorgepescara@backstage.com.br
tes” baseados em harmonias. Desse
modo, o intervalo é determinado por
um tom pré-ajustado e/ou uma nota
que se toca. Por exemplo, ajustar as 3ªs
e 5ªs no tom de C maior. Em conseqüência,
os intervalos mudarão para sempre soarem em C. Opções avançadas permitem ajustar seus próprios intervalos e
acordes pessoais, e mesmo aplicar variações de pitch aleatórios ou corre-
ções para adicionar realismo extra a
uma harmonia vocal. Que tal ouvir
Billy Sheehan (Talas, Mr. Big, Niacin)
para aprender como usar harmoniser
no baixo?
PITCH BEND
Este é um efeito relativamente recente, desenhado para imitar um whammy
bar (alavanca de guitarra que serve para
mexer na angulação da ponte, conseqüentemente, na afinação das cordas).
Nele podem-se ajustar quantos tons e em
qual velocidade se altera o timbre, além
de determinar quanto tempo ele toma
para retornar ao normal.
Muitas vezes, esses dispositivos são
combinados com outros efeitos de pitch
tanto como com vibratos e outros, para
efeitos mais radicais. Sua sonoridade não
é muito realista nos agudos extremos,
mas é um efeito muito interessante. Certamente, não poderíamos deixar de citar
três nomes aqui: Billy Sheehan (Talas,
Mr. Big, Niacin), Michael Manring
(Michael Hedges, Montreux, Attention
Deficit, solo) e Doug Wimbish (Living
Colors, Mick Jagger e Annie Lennox).
VIBRATO
Vibrato varia suavemente o pitch entre o “levemente” bemol e o sustenido,
muito similar à técnica de bend nas cordas (torção das cordas empurrando-as
para cima e/ou para baixo na escala/
fingerboard, após tocar uma nota qualquer). O efeito soa como se estivesse inconstantemente flutuando entre próximo e longe do ouvinte (indo e voltando
no falante), por isso o nome vibrato. A
propósito, os amplificadores Fenders vinham com um efeito embutido, erroneamente chamado de “vibrato”, o que na
realidade era uma modulação de volume
ou tremolo .
Rate – determina a velocidade em
que o pitch se altera.
Depth – determina a profundidade
na qual o pitch é alterado.
Delay – quando o efeito é triggado
automaticamente. Esse ajuste serve para
determinar em quanto tempo o efeito
leva para começar a atuar.
NOISE GATE
Os noise gates são usados para, eletronicamente, reduzir o nível de volume quando não se está tocando, de forma a não se ouvir os ruídos causados por
outros processadores e pedais de efeito
(note que todo e qualquer dispositivo
eletrônico de sinal causa uma certa
quantidade de ruído ao ser inserido na
via do instrumento. O que difere os
modelos entre si é a quantidade de ruí-
do diretamente relacionado ao sinal obtido, conhecido como relação sinal-ruí-
do, na qual quanto maior o sinal, mais se
encobre o ruído de fundo). Os efeitos
com alto ganho de sinal tais como
overdrivers e compression podem ser especialmente ruidosos, assim, para ser
efetivo, o noise gate deverá ser localizado logo após o efeito que produz o ruído.
Daí vem a idéia do nome noise gate
(portão de ruído que abre e fecha para a
passagem do sinal).
Eles trabalham detectando o nível de
sinal e então, aplicam levemente uma
redução gradual deste volume enquanto
o instrumento não estiver sendo tocado.
Isso previne que as notas que ainda estejam porventura soando, não sejam cortadas em seu final. Todos os gates necessitam atuar o mais breve possível para uma
nova nota. Com muitos efeitos barulhentos na cadeia de sinal do instrumento,
pode ser mais difícil para a unidade de
gate separar o sinal do ruído. Os gates
mais sofisticados oferecem técnicas adicionais de redução de ruído, como tratar
os componentes de graves e agudos separadamente, oferecendo os mínimos ajustes de volume e tonalidade.
Os controles mais comuns são:
Threshold: ajusta o nível de volume
ao qual, abaixo deste é reduzido.
Decay: ajusta o tempo que o volume
leva para ser reduzido.
LIMITER
Estes dispositivos são usados para limitar o volume máximo obtido. Eles não afetam o sinal abaixo do limiar pré-ajustado,
mas retêm o nível acima destes valores.
Este efeito é similar ao compression reduzindo os altos volumes, mas um limiter não
aumenta o ganho dos sinais fracos ou baixos, tarefa de um compressor.
São comumente usados em sistemas de
P.A. para prevenir saturação (overloading)
por sobrecarga de sinal, o que seria prejudicial e completamente indesejado.
Os controles são:
Threshold: ajusta o nível abaixo do
qual o volume é limitado.
Level: ajusta o nível de volume máximo da saída.
Continua na próxima edição.
Até a próxima,
PAZ PROFUNDA .:.

Improvisação musical

Improvisação musical é a arte de compor e registrar ao mesmo tempo; ou seja, é inventar na hora! Uma improvisação pode ser...